quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tema 13
SETE GRANDES ATOS DE DEUS
NA HISTÓRIA - PARTE IV

Dr. José Carlos Ramos
Maio de 2013

            O sétimo e último ato fundamental de Deus na História é a volta de Jesus com os eventos que ela desencadeará e que finalmente trarão a Terra outra vez ao seu estado original de perfeição, fazendo com que o propósito salvífico de Deus alcance pleno cumprimento. Abordaremos este assunto em duas partes.

Ato 7: a volta de Jesus (parte 1)

            A Bíblia contém perto de 2500 referências à segunda vinda de Jesus, e informa como e porque ela ocorrerá, e que efeito trará sobre os homens. Entre elas estão as do próprio Senhor, sendo uma das mais notáveis esta: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.” (Jo 14:1-3)
            O evento culmina vários planos proféticos. Em Dn 2 é a pedra que destrói a estátua representativa dos reinos que dominam o mundo (vv. 34, 35, 44 e 45). Em Dn 7, Jesus é o Filho do homem que recebe “o domínio, a glória e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas” O sirvam (vv. 13, 14). Em Dn 8 e 9, Ele é “o Príncipe” que purifica o santuário, o que envolve a erradicação do pecado, e destrói finalmente o anticristo (8:14, 25; 9:27). Em Dn 11 e 12, Ele é “Miguel” que se levanta no fim em defesa do povo de Deus (12:1). No discurso escatológico de Jesus, várias predições são feitas na perspectiva de Sua volta (Mt 24:30,31; Mr 13:26, 27; Lc 21:27). Esse evento dá sentido aos ensinos, admoestações e parábolas que o discurso apresenta. No Apocalipse, a volta de Jesus é o clímax dos 7 selos (6:12-17), das 7 trombetas (11:15-18), dos 7 flagelos (16:17-21), de seu plano profético central (14:14-20), e do próprio livro como um todo (caps. 19-22).
            Por que tamanha ênfase à volta de Jesus? Ela iniciará a última fase do processo que resulta na erradicação definitiva do pecado. A História que teve começo com a queda de Adão, e cujo transcurso é marcado com conflitos, sofrimento e morte, chegará ao fim com a restauração plena de todas as coisas. A volta de Jesus nos conduz a este momento ideal, tão longamente almejado pelo povo de Deus, e para o qual as profecias apontam.
            Nossa questão inicial é: como voltará Jesus?
            Em Sua primeira vinda, um indefeso bebê nasceu numa manjedoura e cresceu despretensiosamente. Quando adulto viveu como o servo dos servos até ser morto numa cruz. Talvez por causa disto, e porque o mundo hoje seja pior do que então, o poeta afirmou:

                                               Prometeste voltar, não voltes Cristo,
                                               Serás preso às horas mudas
                                               Depois de sofreres maus tratos;
                                               Pois no mundo deu-se apenas isto:
                                               Cresceu o número de Judas
                                               E vai aumentando a prole de Pilatos!

            Tivesse o autor destes versos estudado a Bíblia quanto ao modo como Jesus voltará e teria aplicado melhor a sua veia poética. Ele virá “com poder e muita glória” (Mt 24:30), “para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia” (2Ts 1:10). Voltará com tríplice glória: a Sua, a do Pai, e a dos anjos (Lc 9:26). Quem ousará alguma coisa contra Ele?
 Por ocasião de Sua ascensão, anjos de Deus reafirmaram a promessa de Sua volta e deram um lampejo de como ela será. “Esse mesmo Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá como o vistes subir” (At 1:11). Sua ascensão foi literal. Assim será Sua volta. Ela não é um fato simbólico, como, por exemplo, alguns imaginam que a segunda vinda se dá quando a pessoa morre, ou quando se converte. A ascensão foi corporal, Sua volta será corporal. Ele não virá como um espírito desencarnado, pois na  ressurreição Seu corpo tornou a viver (ver Lc 24:36-43; At 1:3, 4), e é “esse mesmo Jesus” que virá.
Jesus também não voltará secreta ou invisivelmente como alguns supõem, porque assim não foi Sua ascensão. Os discípulos O viram subir. Quando Ele voltar todos O verão. “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” (Ap 1:7. Ver Mt 24:30). Jesus previu que alguns afirmariam que a Sua volta seria invisível, e nos advertiu: “Se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou ei-lo ali! não acrediteis... Se vos disserem: Eis que ele está no deserto! não saiais; Ei-lo no interior da casa! não acrediteis. Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem.” (Mt 24:23-27).
A figura do relâmpago ilustra não a rapidez mas a visibilidade da Sua vinda. Ele disse que o relâmpago “se mostra.” Não é necessário que alguém venha contar que Cristo já voltou, pois na segunda vinda Ele será visto por todos. Ademais, anjos, no momento do retorno de Jesus ao Céu, afirmaram aos apóstolos que Ele voltará “do modo como O vistes subir” (At 1:11). Se Ele subiu corporalmente, então Sua volta não será espiritual como alguns supõem. O livro de Atos começa falando das “provas incontestáveis” de que Jesus havia ressuscitado. Em 1:4 menciona-se que comeu com os discípulos. Ele assim agiu para lhes deixar claro que Ele não era um espírito como a princípio imaginaram (Lc 24:36-43). A ascensão de Cristo foi corporal; assim será o Seu retorno.
Se os apóstolos viram-nO subir, então Sua volta não será invisível; testemunharam esse fato com os próprios olhos, não com olhos espirituais, ou olhos da fé como outros ensinam. Cristo falou do brilho do relâmpago para ilustrar a visibilidade de sua volta (Mt  24:27). Ele disse que não seria necessário que alguém viesse contar que Ele já voltou (vv. 23-26), e nem devemos acreditar neste tipo de conversa, porque assim como o relâmpago, quando brilha no espaço, é visto por todos (segundo Jesus, o relâmpago que “sai do oriente e se mostra até o ocidente”), assim também Jesus, em Sua segunda vida, será visto por todos: “Eis que vem com as nuvens e todo olho o verá...” (Ap 1:7). Isso, é claro, tornará supérfluo qualquer aviso sobre a já efetivação desse grande evento. Todos saberão por si mesmos que Cristo veio, pois o verão vindo [isto é, no processo de vir, de se aproximar do planeta] sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24:30).
Se Ele literalmente subiu, então Sua volta não será simbólica como ainda outros imaginam, o que significa que a segunda vinda não se dá quando a pessoa se converte, ou morre, ou de qualquer outra forma que não a literal.
Sabemos, então, que Jesus, com certeza, voltará. A julgar pelos eventos atuais da Terra, somos levados a crer que isto ocorrerá logo. Mais que nunca, precisamos estudar as Escrituras, orar mais intensamente e nos preparar, pois os dias em que vivemos são os últimos da História. Marchamos para um encontro pessoal com o Rei da glória, que virá como supremo Juiz. Que Deus nos ajude para que, isto ocorrendo, seja facultada a cada um de nós plena entrada no Reino de Deus.

Um comentário:

  1. Tudo bem Pastor? Gostei muito do seu blog. Se desejar conhecer o meu o endereço é www.medicinanatural.blogspot.com.

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